segunda-feira, 30 de abril de 2007

salve salve, culpado do sorriso.




leva-me para esse teu mar, caro amigo, caro jorge, estou em perigo. aqui os ventos pararam e não mais consigo voar. mas sei que soprada pelo vento que te infla a pansa, posso tentar. abro os olhos e deparo-me com as mesmas imagens que me fizeram rastejar. mas aí, como uma chuva no sertão, tu apareces. colorindo de vida os meus lábios, fazendo meus dedos gladiadores céleres. a poesia despida de maldade, enlaça teus cabelos e derrama-se por tua face. hoje a vida sorriu-me um pouco e foi de ti que ela arrancou esse sorriso. e a droga maravilhosa que és, faz-me sedenta de palavras tuas. no mar de ondas bravas e brancas espumas, boiará nosso pensamento. pensamento que só é nosso por nosso não ser. como diz o firmamento. e dançaremos, fazendo inveja às Damas e seus cavalheiros gloriosos. Molharemos de poesia os chãos. Suor onírico de festejosos corpos. Ah, obrigada! Hoje estou bem e a culpa disto em ti está carregada.

2 comentários:

poeta quebrado disse...

sinto tua falta, poetisa.
só não aguento mais viver.
sinto tua falta, poesia linda.
só não consigo mais te ver
ando tão distante
mesmo, mesmo
perdi o caminho.
como nunca antes.
ai, ai.
eu me perco sempre.
ah, vida.
ah, frio.
ah, saudade.

um abraço forte.

Salve Jorge disse...

Haveria maior privilégio?
Lisonje maior?
Gracejo mais intenso
Para um louco tão propenso de se admirar?
Tenho encanto nos olhos que persegue quem sabe encantar
Esse papel que nos cabe, admirador espectante e musa enebriante
Como poderia eu conter meu falar?

Sopro-te os curtos cabelos
Assim como lambo suas asas
Até lhe massageio os pelos
E te mordisco o olhar
Tenho diante de ti uma mão estendida para te levantar
Tenho lábios munidos de ditos pra te animar
Tenho uma estrada de tijolos amarelos para que possamos trilhar
Basta vires comigo
E serei abrigo onde irás se molhar...

Mas nada posso prometer
A dor não deixará de existir
E o mundo não se fará perfeito
Mas terás próximo ao peito
Um ouvido colado e instigado
Em lhe insuflar esse canto antigo que paira no ar
Metricarei seus lábios fazendo-os sorrir
Concatenarei seus olhos para fazê-los brilhar
Sintaxes de suas madeixas a fim de levar-te a sonhar
E drogarei seus sentidos até a letargia assomar
E nesse instante invadir-te-ei e tocarei tua essência mais profunda..
Galoparemos por terras imundas
Fazendo-as belas com nosso nosso cantar
Pois no fim dessa estrada de tijolos amarelos..
Há mar..
Nosso mar..
No som, ar..
Nos somar..
Nós, só mar..
...

Faz-me tão feliz com tua felicidade que suspeito de nossos laços..
Sempre que sorris pra mim..
Se não nasce um anjo
Ou brilha uma estrela
Faz-me cantar..