domingo, 22 de abril de 2007

lá! viu?


naquela manhãzinha feia, eu vi nuvens em forma de dragão. eles incendiaram todas as minhas fotos, só ficou esse mural aí. com um pouquinho de tudo que me constrói. eu sei que faz pouco tempo que esse dia aconteceu. voam livres, os meus versos brancos. acordes perdem-se nos meus caminhos. chora, mocinha, chora. amor é pra isso mesmo.


nunca sabemos o que dizer nas horas em que devíamos dar um discurso. perdi quase todas as minhas roupas e vago pela casa ouvindo adriana até me sentir estuprada pela voz tão tristemente doce que ela tem. meudeus, como alguém pode ser capaz de quebrar o coração da adriana calcanhoto? tem gente pra tudo nesse mundo. mesmo.


tem até gente que me ama, sabia? é, juro. e olha! tem mais! tem gente que te ama, apesar de tudo. não é um absurdo? merda, esse é mesmo o mundo. mesmo-mundo-mesmo-mundo-mesmo-mundo. e não, sem tua presença esse mesmo-mundo nunca será o mesmo.




e olha, acho tão bonito:


ando esquecendo-te de manhã em manhã

tomando guaraná e ouvindo a Elis

4 comentários:

poeta quebrado disse...

um soco no vidro, é o mais forte dos eu-te-amo's...
aquele que eu, frágil e apaixonado,
nunca, nunca, nunca sou capaz de dar...
mas sempre há sangue no chão, sempre.

poeta quebrado disse...

tudo é brilhante, tudo é violento.

Salve Jorge disse...

Enfim..
És fim..
Nessa sua infinitude de começos..
Sempre avessos aos versos que meço enquanto pedes pelos passos que o degredo te arrancaste..
Sente-se aí, logo, ao meu lado..
Há cabeças nos ombros..
Há fraternidade diante desse horror.. dessa iniquidade..
Há uma afago na curteza de suas madeixas..
Há simpatia por toda essa poesia que derramas caudalosa..
Já bebi nessa fonte..
Logo ali de fronte..
Na qual já ansiei por me afogar..
Mas boiam os corpos..
E nos resgatam os tolos..
Que não querem nos deixar afundar.. mar adentro..
Lavo seus pés.. limpo-te as chagas..
Amargas..
Mas grandiosas..
Unívocas de tão pesarosas..
Levantemo-nos e demos alguns passos..
O rumo?
Passárgada horas..
Ainda que haja lá, logo na entrada, uma colossal estátua de nosa musa caprichosa..
Há também uma libertinagem gloriosa..
Que há de reanimar suas asas..
Há de fazê-la contemplar o abismo..
Há de dar-te as tuas respostas..
Se não certas, interessantes..
Que não remediam, mais são instigantes..
Que formulam melhores perguntas, mais do que encaminhar lorotas..
E nesse fim..
Enfim..
Hão de fazê-la, ainda mais, quimérica..

poeta quebrado disse...

e o que eu faço amor, quando temo tanto que nem quero mais estar perto do desejo? você sabe, é impossível atender, vício de amor e merda.