segunda-feira, 30 de abril de 2007

ao Amor. à Eric.à Eros.


Sois a minha alma
Canto à tua Poesia
Nas margens de um rio sem peixes
Com cálices rubros
Rosáceas e perfumes
Olhos de gueixa

Voais tão longe quanto meus passos
Marcando com suspiros o meu viver
Deleites e entressonhos. Nossos
Lindos dias e noites
Teu alvorecer

Banhai-me uma vez mais!
Com tua seiva Amorosa
Arranca-me as plumas das asas
Enfie em meu peito a espada
Da tua Poesia de licores e respostas

Embriaga-me com teu profano ser
Asas marcadas por unhas de Amor
Um Amor que não é meu
Mas é nos vossos olhos que estou
Construindo luzes no breu
Nostalgia que em mim deixou

Nefelibatas, seguimos!
Manchando o Sol de vermelho-sangue
Bebo das tuas mãos de poeta-irmão
A vitalidade de uma vida por morrer
Amante de horas distantes
Ah, amado amigo
Em vós quero perecer









saudades, Eric, saudades...

2 comentários:

Salve Jorge disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Salve Jorge disse...

O que se sabe
Dos que bem sabem
A sabedoria é uma arma
Que tanto faz falar
Quanto impala
Tanto cala
Quanto acalma
Ver dançar sua alma
Me impele à celeres palavras
Para escorregar-te pelos ombros
Enquanto lambo suas asas
E me admiro de Ericos ou Erosic
Desmedida e saborosa satisfação que derrama caudalosa
Ao invés de aplacar, instigando essa chama
Que de ti emana e me corrói
Meus pés andam cada vez mais
E minhas sinapses buscam a inquietude
Ciosas de não haverem respostas
Mas de conluio com esses parcos olhos
Que acham em você tanta poesia...
...
...
Um momento para refazer-me e recompor-me ao dispor de seus dedos ágeis e sábios
Sentado aos pés da colossal estátua
Já não estou certo de quem ampara e quem se deita
Espero que esteja satisfeita
Por fazer-me prisioneiro de sua magnificência
Com seu provérbios hipnoticos
E sua instigante indecência
Passaria a mão pela sua cara
Para tê-la marcada nas minhas mensagens
Mas tamanho alarde, não só me invade, mas perpassa meus ditos
Mesmo os mais comedidos
Alheio aos tumultos
Não sou escravo de ninguém.. ninguém senhor do meu domínio
Mas servo desse disatino
De fascínio incontido
Deixando-me congelar por essa beleza imperiosa
O que afinal há comigo?
Que não consigo calar os meus sentidos
Nem assenhorar-me das necessidade
Que sabor encontro em ser maldita criatura
Rompendo com a devida compostura
Para beber esse verbo dos teus lábios
Faça-me um favor..
Me mates..
Pois se não, me mata a vontade..