segunda-feira, 2 de abril de 2007


caindo demais, somos dois corpos sem direção. os pés tocam no fundo da saudade e sinto rasgar a pele. mesas de bilhar ofertando minha sorte em tacadas. nunca o mundo seria da mesma cor. a piscina é funda demais e eu tento arrancar as pedrinhas do fundo. os dedos no piano envelhecido, mudo. sombras do que nunca poderá se repetir. um poeta babando assim. todas iriam querer. vinícius beija meus lábios como na primeira noite só nossa. meu primeiro homem, ele. sorrisos e manias que guardo num canto escuro. esquecido. é cedo pra mais uma rima. não comece o dia com preguiça. tanta coisa incomum. aqueles gritos que vêm de sei lá onde, fazendo cócegas nas minhas orelhas. silêncios. me perdoe por não decorar aquilo que arqueja em teu peito. não tenho culpa. se fosse um crime eu fugiria da prisão. teu colo de algodão contornando os olhos em chamas. era tudo mais barato, quando a manhã era dourada.

Um comentário:

Evelin Salles disse...

Dou-te colo quente e afago seus cabelos, enquanto guardas seus sonhos em meu estômago. lá está bem guardado, sussurro.
quero-te aqui tão perto e se pudesse, dormiria, até esse dia chegar. e não vai demorar muito *pula*

Eu te amo da forma mais louca e pura, jamais existente no mundo.