terça-feira, 27 de março de 2007

underwater love.


palavras começam com uma frieza exata. não devia pedir desculpas mas meu tempo não me permite ver além do que meus dedos conseguem tocar. cada novo passo é uma alegria sendo cicatrizada. talvez dê pra levar, talvez não. só sei que não largo o fato de poder, agora, tê-la novamente ao meu lado. não do jeito que minhas entranhas pedem, mas tudo bem. o leite derramado invoca meu vômito. joguem fora o que vai perto. chamem um médico, ela está ficando azul. como as migalhas tentando buscar uma resposta. não tem mar nem muro. uma pena. eu também não, mas tenho asas. quebradas e lambidas. um suspiro a mais numa noite a menos. sorvendo lágrimas de prazer e mãos suadas. responde. como minha língua para calar meus pensamentos. é como outra linguagem penetrando meus sonhos. não acha lugar porquê não quer. luas adversas me mostrando um caminho que já sei. não é fácil acreditar que tudo mudou. quem me dera o que me tomaram? sobriedade em cada luva que não posso usar. febre de lucidez não me atinge. talvez no começo de uma vida eu estanque a saudade. corre por minhas veias e penetra meu ego solto. não se preocupe, amanhã o seu estará manchado de azul.
obrigada.

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