terça-feira, 20 de março de 2007

nem milagre nem mil lágrimas.


eu conhecia aquele cheiro. invadiu minhas narinas e eu fui ao céu mais uma vez. era tão cedo e minha vista começava a escurecer. não posso enganar corpos que não se encostam. talvez a música pare e eu possa dormir. serei tua até que eu renasça. tanto que nem sei o que dizer. cheiros que falam por mim quando calo a boca. queria ser uma gota de chuva, uma sombrinha, um protetor solar. as vozes continuam me chamando e eu lembro das ligações de madrugada e quando você dizia pra eu desligar. eu exclamava "sua chata!" e você ficava tão brava, prestes a desligar o telefone na minha cara. era tão bom, aquele medo que a minha mãe entrasse no quarto e me brigasse por estar acordada e no telefone. era lindo, poder ser idiota ao teu lado. afinal, é o jeito que mais gamas.tayná, cala a boca.

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