segunda-feira, 12 de março de 2007

kill her later

raspem a pele até virar um pó feito o que a borracha faz com os rabiscos de lápis. lava o rosto e vai arrancando os olhos devagar. sinta o vermelho cair vagarosamente por teus dedos tortos. é tão encantador o mundo de cabeça para baixo. sentindo calafrios e subindo escadadas imaginárias. toquei o vento com uma flor sem pétalas e sobraram mortes em sequência. corte os braços e coma as mãos com talheres de prata. solte gritos húmidos de loucura seca. Regue os cigarros e plante bananeiras. o mágico tira uma cartola do meu coelho. se eu fosse willy wonka, morreria obesa.

2 comentários:

Evelin Salles disse...

fatio-me como quem anda com fome.
distribuo meus órgãos pelas ruas da cidade, as achei tão vazias.
jogo eles como quem da de comer aos pássaros. ofereço minha alma à você, pois meu corpo, preciso de ajuda para encontrar.
nosso amor louco me consome e se torna meu tubo de oxigênio!

Raisa. disse...

A pele é o mais profundo,é preciso engolir e com um leve movimento voltar ao antigo-estar-fora-de-si.