domingo, 25 de março de 2007

scheisse.


surgindo do que pode-se dizer uma aventura dos olhos. estou marcando meu espaço com beijos esparramados. não consigo mais voar sem triturar as armadilhas que cercam meus passos. os ratos não incomodam mais meu peito. os remédios caem como plumas no meu estômago e derreto-me em pequenas bolinhas brancas.

-como tu sabes que nada mudou?
-não consigo comer.
-pára de vomitar as entranhas...
-não dá pra viver assim.
-em outras línguas é mais fácil?
-só queria provar um gosto.
-o vinho estava envenenado.
-haha, too bad.


olhares clínicos e dentadas em sintonia. morde meu pescoço, fere meu âmago. sou tudo que o dia não podia. a rima velha vai corroendo o espaço entre nós. tudo torna-se pequeno, cápsulas. desce por mim que eu te guardo.

Nenhum comentário: