tag:blogger.com,1999:blog-54645537813799417812024-03-13T00:48:01.807-07:00nem milagre, nem mil lágrimas.que a morte nos una, enquanto a vida nos separa.tayná.http://www.blogger.com/profile/06112468573051298479noreply@blogger.comBlogger51125tag:blogger.com,1999:blog-5464553781379941781.post-60070858341956475902007-05-20T14:14:00.000-07:002007-05-20T14:16:17.293-07:00off<strong><span style="font-size:180%;color:#ff0000;">blog desativado.</span></strong><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />achar novo no orkut.tayná.http://www.blogger.com/profile/06112468573051298479noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5464553781379941781.post-86949006950460191642007-05-19T10:26:00.000-07:002007-05-19T11:15:57.257-07:00quiet.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2uceAwPBv8ENVvw2oVg-LB4aX51hT76ZbinOzjO0mn8vRauDhVbaU6p0qTUhIb7_ZpNOKNb66enlv5_SMpGfULthgTaR1x_wyAliyDybN64ijC3LA2dpEThCHSfIFjOJh9g1KaAzWKQ4/s1600-h/Imagem+109.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5066335923679080738" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2uceAwPBv8ENVvw2oVg-LB4aX51hT76ZbinOzjO0mn8vRauDhVbaU6p0qTUhIb7_ZpNOKNb66enlv5_SMpGfULthgTaR1x_wyAliyDybN64ijC3LA2dpEThCHSfIFjOJh9g1KaAzWKQ4/s200/Imagem+109.jpg" border="0" /></a><br /><div><strong><em><span style="color:#ff0000;">" a boca crispada dizendo bem feito"</span></em></strong></div><br /><div></div><br /><div>_ A. Dentini_</div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>ela olhava o céu e parecia que o mundo cobria-se de azul e amarelo. não compreendia como as cores podiam virar um manto.e o vento, que não tinha, seria apenas a alma de um deus que ela ainda não conhecia. andava devagar, porque já tivera pressa. encontrava pessoas com rostos riscados, isto não a assustava mais. de uns meses para cá, Sofia andava meio desencantada com as coisas. nem a primeira estrela no céu lhe fazia ter vontade de pedir algo, fazer um desejo. a verdade é que ela estava cansada. as pessoas tinham sido tão más com ela quando tudo que ela fizera fora amá-las mais que tudo. certa vez uma cigana lhe disse ser 'uma corajosa domadora de unicórnios brancos', mas agora os unicórnios desapareceram e ela ficou só, com uns chifres sangrentos nas mãos. ela queria correr pra longe. correr até não ter mais pernas. mas não conseguia, Sofia estava dopada de remédios que traziam lembranças tão lindas-dóídas que só podia caminhar. às vezes ela encontrava uma pedra. sempre tropeçava, sempre. mas depois pegava cada uma dessas pedras e as guardava no bolso. talvez a ajudassem a terminar como Woolf. Logo lá na frente havia um lago. Pronto, seria lá mesmo. </div><br /><div></div><br /><div>Mas ao chegar ao lago, e encostar os dedos gelados nos lábios da água, viu um reflexo. Não era o seu, mas viu. Aquilo foi a coisa mais assustadora que Sofia vira em toda sua miúda vida. Ela, naquele momento desistiu de tudo. Ao desistir de tudo, ela acreditou no existir. Mas de longe, muito longe... a voz daquela cigana com cabelos feito noite soava e dizia 'bem feito... bem feito...' Sofia não sabia o que ela queria dizer com aquilo... se o que ela (não) fizera fora bem feito ou se queria aborrecê-la. Sentiu então um calafrio por todo o corpo e correu. Sofia correu.</div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>e corre até hoje.</div>tayná.http://www.blogger.com/profile/06112468573051298479noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5464553781379941781.post-73287317947072233112007-05-16T14:34:00.000-07:002007-05-16T14:50:36.457-07:00rivotril.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnzY4fb7fB3SemM4H_g2R8YwmNbFgN2mFgcM0JMvOJP4P-rHJzPkl-tYDjMN63-7grixPe9BMMs4kLY4dTSyaKe_uKNqjUcrmBp1VQwaG3MT0gRrARVY3DX72hSjLp9K8h5u3JkgZRaAE/s1600-h/rivotril05tab.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5065279181335638226" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnzY4fb7fB3SemM4H_g2R8YwmNbFgN2mFgcM0JMvOJP4P-rHJzPkl-tYDjMN63-7grixPe9BMMs4kLY4dTSyaKe_uKNqjUcrmBp1VQwaG3MT0gRrARVY3DX72hSjLp9K8h5u3JkgZRaAE/s400/rivotril05tab.jpg" border="0" /></a><br /><div>hoje eu achava que não virias à mente. pois bem, a médica fez questão de lembrar.<br /><br /><br />não estás dormindo bem, não é?<br />-não.<br />-hum.<br />- acordo muito durante a noite.<br />- vou trocar o Apraz pelo Rivotril.<br />- RIVOTRIL?<br />- é, por que?<br />- nada.<br /><br /><br /><br />incrível como o mundo conspira contra. </div>tayná.http://www.blogger.com/profile/06112468573051298479noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5464553781379941781.post-7533266861888894312007-05-12T15:58:00.000-07:002007-05-12T16:21:10.880-07:00carta ao ego ferido.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_N3GtkD9a2d9PWcDJ6ZWHQp2YkeJGUuPD92T4wxcrW1GWkQJj3LCRYL6Dwl-UW4CYWZ8w4YKwZ9hgCdEcBKVElbGBmQIDr5JafYAyrM8UhK3eXAnOvcg3Y8ZtXyEQ2x4oDndP-QibZNo/s1600-h/Imagem+070.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5063817395523646770" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_N3GtkD9a2d9PWcDJ6ZWHQp2YkeJGUuPD92T4wxcrW1GWkQJj3LCRYL6Dwl-UW4CYWZ8w4YKwZ9hgCdEcBKVElbGBmQIDr5JafYAyrM8UhK3eXAnOvcg3Y8ZtXyEQ2x4oDndP-QibZNo/s200/Imagem+070.jpg" border="0" /></a><br /><div>Que pingue em mim o suor so teu esforço fingido. Caindo pela minha testa, queimando meus olhos, molhando minha boca seca de vida. Vá escorrendo e passe por entre meus seios, lugar onde é tua morada desde sempre. Que desça, parando no meu umbigo, mundo perdido que abriga todos os meus segredos murmurados pelos lábios brancos da angústia. Em minhas entranhas há garras forçando-as. Fazendo-me sorrir um riso desesperado. Contorço-me feito uma borboleta enjaulada. Redoma de vidro, platéia-zumbi. A dança macabra do meu sangue. Correndo feito louco, uma maratona! Afoguem o coração. Mãos de chumbo tentam meus olhos fechar. A rima pobre dos meus versos come o bicho dos olhos teus. Tiro-te a vida, tiro-te a beleza. Que restes feia, impura e burra. Venha servir-me a mesa. Porque na minha história, eu te faço servil. Sem tua coroa, teus perfumes e teu canto. Aqui és humana, quase bicho. Te cuspo na cara. Deixe que a saliva minha te perverta os sentidos. Assim como fizeste outrora comigo. Matando-me no gozo do teu veneno letal. Faço amor na tua frente. Platéia burra, demente! Ouça meus gemidos de prazer, veja meus olhos revirados, meus seios endurecidos. Tudo aquilo que foi teu, energúmena. Quanto eu era coberta pelo véu de poesia pura. Hoje eu quero sujar cada pedaço branco. Marcar em cicatrizes, bem na tua fuça, todo o meu pranto. Quero que sigas marcada. Que te olhem e gritem : "Olha a puta ingrata! Já foi rainha e até beata, hoje come com os porcos e faz amor com as próprias unhas. Imunda!"</div>tayná.http://www.blogger.com/profile/06112468573051298479noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-5464553781379941781.post-60263290960671981772007-05-09T08:14:00.000-07:002007-05-09T09:55:39.918-07:00primeira carta para nunca ser entregue.<strong><em></em></strong><br /><strong><em></em></strong><br /><span style="font-size:85%;"><strong><em>"O corpo da amiga na sombra é um mistério de Deus<br />É teu corpo, amada? são teus seios, é tua clara clara risada<br />Na sombra? não fujas... és um... um nenúfar<br />Aberto à água mansa."<br />_V. de Moraes_</em></strong><br /><br /></span><br /><br />Eu só estou escrevendo porque eu precisava dizer que se você aparecesse hoje eu ia te dizer tanta, mas tanta coisa. Porque eu tenho um monte de coisas pra falar mas eu sei também que quando você aparecesse eu ia ficar tão nervosa que todo esse monte de coisas que eu tenho pra falar desapareceriam como balão de gás em forma de coração no céu.<br /><br />É que eu preciso de você. É, acho que esse é o principal. Eu preciso de você. Mas não é aquele preciso igual eu precisava chupar o dedo pra dormir. É um precisar como quando eu era bebê e precisava do leite da minha mãe pra viver. Um precisar que depois de um tempo passa. Mas enquanto esse tempo não chega, é mais necessário que qualquer coisa, entende?<br /><br />Tem vários negócios que você precisa saber. E eu estou falando nessa linguagem de dia de semana porque é assim que as coisas vão saindo. Então, esses negócios não são coisas sérias. São bobagens que acontecem na minha vida que eu gostaria de compartilhar com você. Como, por exemplo, no dia em que eu sonhei com você e que a gente andava por um parque de diversões e você tinha medo de ir na roda gigante. Aí então, eu tirava forças de não sei onde, e te carregava (e você ia se debatendo toda nos meus braços) e te levava até a roda gigante, que tinha os bancos em forma de morango. Estávamos nós no banco de morango e eu começava a te mostrar a cidade. Cidade essa que não sei qual era, mas no momento era a minha cidade. Te mostrava tudo, tudinho mesmo. Você olhava e depois fechava os olhos e agarrava as minhas mãos porque estava morrendo de medo daquela altura toda. Quando saímos de lá, fomos comprar sorvete. Você comprava um de um sabor que eu não conhecia e que só existia lá naquela cidade que era minha. Não me pergunta como você conhecia esse sabor que nem eu sabia. Você se lambuzava toda e eu tinha que limpar com a barra da minha blusa porque a gente tinha esquecido de pedir lencinho pro moço do sorvete. Nós andávamos por lá. Depois fumávamos olhando pra praia - porque o parque era na beira da praia- e você dizia 'meu, eu queria mesmo era ser uma onda'. E eu acordei.<br /><br />Então, são negócios bonitinhos como esses que eu quero te contar. Sem falar que preciso saber como você está. Sei que deve estar alegre nos músculos do moço-que-eu-não-devia-nem-ter-mencionado, mas eu sei que às vezes você deve ter seus momentos de fossa. Aqueles momentos em que dá vontade de ligar o foda-se pro mundo. Ou aqueles outros em que só se quer abraçar o travesseiro e chorar. Mesmo que só por dentro, como eu. Queria que você soubesse que em momentos como esses você pode me ligar. Nem que seja pra ficar caladinha enquanto eu tagarelo ou mesmo que fiquemos, as duas, num silêncio só, ouvindo a respiração até que se acabem os créditos. E se você não tiver créditos pra me ligar, pode me dar um toque a cobrar, eu arranjo um jeito de te ligar, nem que eu leve uma surra da minha mãe depois. Não me importo, realmente. e ah! você pode me ligar também quando estiver pulando de alegria e tiver vontade de contar pro mundo todo, inclusive pra mim, o quanto você está feliz. Eu posso estar lambendo o fundo do poço na hora, mas sorrirei de volta porque a sua felicidade paga a minha fiança. Fiança essa da Cadeia da Tristeza Profunda.<br /><br />Eu acho que era isso que eu queria dizer. Espero que você leia isso aqui um dia, porque eu sei que nunca vou mandar pelo correio e nem amarrar na patinha de um passarinho pra bater na tua janela e te fazer acordar. Vou deixar aqui, pra quem tiver paciência, ler. Talvez um dia você caia nesses lados e pare justamente aqui. Se o fizer, me deixa saber.tayná.http://www.blogger.com/profile/06112468573051298479noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5464553781379941781.post-60788541619779225672007-05-07T16:49:00.000-07:002007-05-07T17:04:23.519-07:00a musa diluída.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjy-V6JiFxP7y0AH6C3UAEczut-pKWzsGQZidctd2y39qjm0tyc0ANTdIPdtNfzT2RBnCqfGTq5gzw6PuIkSCyzcXtB3jOZY5HES-72usG3I6Uk6FotuzFHk39qvXkp2s9RdXM-PH4DL64/s1600-h/Imagem+026.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjy-V6JiFxP7y0AH6C3UAEczut-pKWzsGQZidctd2y39qjm0tyc0ANTdIPdtNfzT2RBnCqfGTq5gzw6PuIkSCyzcXtB3jOZY5HES-72usG3I6Uk6FotuzFHk39qvXkp2s9RdXM-PH4DL64/s200/Imagem+026.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5061973965495432450" /></a><br />pedaços de pele na calçada. arrasto-me sem querer. presa no mundo dentro de mim. abrigada no umbigo. amargo descendo pela garganta. nem isso dilui tudo. quero explodir. e levar vocês todos comigo. morder o travesseiro e pintar as ruas de vermelho. sujar a frente da tua casa com palavras de dor prazerosa. não sei quem és tu, na realidade. tu, esse (a) pra quem estou escrevendo agora. também não importa, talvez seja eu mesma. subiu da terra um monstro terrível. com dentes afiados para roubar-me o sangue. deixou-me seca e fugiu sem dar adeus. eu me despedi sem ele. bebi o que havia no chão. e aí, morri. acontece que o líquido era a musa diluída. como veneno, infiltrou-se nas minhas vias. deixou-me tão doente que acabaram por costurar minha boca para que eu não mais sorrisse. meus dentes calaram-se.<br /><br />até que em minha garganta meteram o dedo. eu solucei tanto até te vomitar! tive convulsões e desmaios mas, por fim, vomitei. Não saiste toda, é verdade. Mas hoje só te quero como a lembrança de algo que foi do falso ao vital. <br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Hoje, eu renasci.tayná.http://www.blogger.com/profile/06112468573051298479noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5464553781379941781.post-64619712626292784952007-05-02T18:12:00.000-07:002007-05-05T10:01:13.849-07:00a fome que me alimenta.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpjndnBB3smBVSZIQSatNZNY_E_91JZRGZR_FOguidln7A20VLXe41dw7NUct3nMSg8pSnzXHD2y3V8zSyaOKKnF2HT3dkrW7tTgaMqFdBRXpMVgx62zffgDgKb9Sc7u9HeBbZIfi6Szo/s1600-h/l_b5d16e7bed3f6996a6d157fdbe909f28.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5060138257818416306" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpjndnBB3smBVSZIQSatNZNY_E_91JZRGZR_FOguidln7A20VLXe41dw7NUct3nMSg8pSnzXHD2y3V8zSyaOKKnF2HT3dkrW7tTgaMqFdBRXpMVgx62zffgDgKb9Sc7u9HeBbZIfi6Szo/s200/l_b5d16e7bed3f6996a6d157fdbe909f28.jpg" border="0" /></a><br /><div>eu estava ali. parada. defronte a mesa. minha barriga cantava a música dos famintos. olhava para um lado, para o outro. nada. foi então que caí. já com os lábios beijando o chão manchado, então, de vermelho, que senti o teu gosto. aquele gosto agridoce que entra na minha boca, dança com a minha língua e rasga a minha garganta. comi como quem não come há 16 anos. ávida e feroz. mastigava com gosto, sentindo-te romper-te no espaço pressionado dos meus dentes. creck. creck. creck. tu gritavas como uma onomatopéia. ou uma centopéia, perdendo as perninhas. </div><br /><div></div><br /><div>quando eu engolia, ias arranhando minhas paredes internas com tuas unhas roídas. fazendo sangrar tudo. queres mais suco de morango, amor? e o sangue-suco te banhava. deixavas-te lavar por ele porque não tinhas mais outra escolha assim, toda mastigada. e os sucos gástricos. e os vermes que tenho por ter ostentado um vazio tão grande por tanto tempo. todos ajudando-me a te corromper, decompor. até que meus olhos choram. derramam aquilo que não pude engolir. e lá vais tu, correndo pelo meu rosto. mas bebo tudo de novo e o ciclo se renova.</div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>passaram as horas, o doutor chega.</div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>- infecção alimentar.</div>tayná.http://www.blogger.com/profile/06112468573051298479noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5464553781379941781.post-27650327520911541782007-05-01T16:28:00.000-07:002007-05-01T17:02:52.796-07:00arca de não é.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjx25Osb4pUyTugLiyhLywAUdRpHb4HVcwu2k9P3bStXbp0fG4FR6Ml1am6ccMmpypyUYVMFyOQvtUzQQjqAuDOLevtOcoDuehxAdiZyc8xrJiXTDnaWCx7UYDFYDo4opbzK3mXngNEaI/s1600-h/Drown_by_marvelet.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5059745431519589538" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjx25Osb4pUyTugLiyhLywAUdRpHb4HVcwu2k9P3bStXbp0fG4FR6Ml1am6ccMmpypyUYVMFyOQvtUzQQjqAuDOLevtOcoDuehxAdiZyc8xrJiXTDnaWCx7UYDFYDo4opbzK3mXngNEaI/s320/Drown_by_marvelet.jpg" border="0" /></a><br /><div><span style="font-size:85%;"><span style="color:#ff0000;"><em><span style="color:#336666;">"</span><span style="color:#336666;">Noah's ark came to my house one day<br />With all of his animals and took me away<br />Oh Noah's ark came to my house one day<br />With all of his animals and took me away"<br /><br />_"Noah's ark", Cocorosie</span></em></span><span style="color:#336666;">_</span></span><span style="color:#336666;"><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /></span><span style="font-size:85%;"></span><br />Hoje é dia do meu dilúvio e não tenho nenhuma arca. A chuva não molha o chão, eu absorvo com meus póros abertos cada gota suicida. Descendo por dentro de mim. Beijando minha carne vermelha, dessas que tu nunca vais comer. É como cócegas de dor. Vão fazendo-me sorrir pelo fato de afirmarem minha vivência. Até que as gotas suicidas tenham juntado-se, todas, e formado um grande monstro lacrimejoso. Aí, então, transbordo. Vou, involuntariamente, expulsando de mim as mortes líquidas. E é tu, é tu que derramo. E o nível sobe aos meus pés. Meus joelhos marcados de lembranças. Meu ventre, onde imaginei tua língua tantas vezes. Meus seios, onde deitei tua cabeça e fiz-te dormir sem que soubesses. Minha garganta, que fiz sangrar de tanto gritar teu nome por dentro. Minha boca, que te declama versos todas as noites (até nos entressonhos!). Meu nariz, que aspira o teu perfume imprimido na minha pele.Meus olhos, que ainda miram a tua foto no que sobrou. Então, o mundo todo enche-se de ti e ninguém mais pode respirar. Todos te engolem e sufocam. Matas cada um de um jeito que só sabe que já morreu uma vez. Dilúvio meu que é todo teu. Mas não, aqui não tem arca.</div>tayná.http://www.blogger.com/profile/06112468573051298479noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5464553781379941781.post-29429451030925785232007-04-30T16:12:00.000-07:002007-04-30T16:29:44.692-07:00salve salve, culpado do sorriso.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_Ss5_B_Jbc8Urv3uNcNAYZchRW6zCvlCn2hHIjPgMuq38MvbEIOzMdRKA0SAfeJ_cduZotHUGTvM-Avmbe7CJ3WKpxHLf-Jw_YnJ_gayn3o8xeS2TREYGBer1Kv5dC2Jsuwi4Ar3WNFQ/s1600-h/l_a43b38e7f0a402fc198941bb471acbc4.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_Ss5_B_Jbc8Urv3uNcNAYZchRW6zCvlCn2hHIjPgMuq38MvbEIOzMdRKA0SAfeJ_cduZotHUGTvM-Avmbe7CJ3WKpxHLf-Jw_YnJ_gayn3o8xeS2TREYGBer1Kv5dC2Jsuwi4Ar3WNFQ/s200/l_a43b38e7f0a402fc198941bb471acbc4.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5059367143685059730" /></a><br /><br /><br />leva-me para esse teu mar, caro amigo, caro jorge, estou em perigo. aqui os ventos pararam e não mais consigo voar. mas sei que soprada pelo vento que te infla a pansa, posso tentar. abro os olhos e deparo-me com as mesmas imagens que me fizeram rastejar. mas aí, como uma chuva no sertão, tu apareces. colorindo de vida os meus lábios, fazendo meus dedos gladiadores céleres. a poesia despida de maldade, enlaça teus cabelos e derrama-se por tua face. hoje a vida sorriu-me um pouco e foi de ti que ela arrancou esse sorriso. e a droga maravilhosa que és, faz-me sedenta de palavras tuas. no mar de ondas bravas e brancas espumas, boiará nosso pensamento. pensamento que só é nosso por nosso não ser. como diz o firmamento. e dançaremos, fazendo inveja às Damas e seus cavalheiros gloriosos. Molharemos de poesia os chãos. Suor onírico de festejosos corpos. Ah, obrigada! Hoje estou bem e a culpa disto em ti está carregada.tayná.http://www.blogger.com/profile/06112468573051298479noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5464553781379941781.post-55627019620728981962007-04-30T09:46:00.000-07:002007-04-30T09:54:32.485-07:00ao Amor. à Eric.à Eros.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPATPxxlS3p9fJ8PbFET5rNFXD4-BQiE5O2sG3eTCoBJ5jJS-_cV2DlcCEmBje0hPTmMhGp6l_mi3GJlPONEv0OSae0JHnFUWmpBLst3Z-YBD7c9V9g40b65Gahyphenhyphenc5H2Cn0_qQgz0dSF8/s1600-h/1153010791_f.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5059263579138651218" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPATPxxlS3p9fJ8PbFET5rNFXD4-BQiE5O2sG3eTCoBJ5jJS-_cV2DlcCEmBje0hPTmMhGp6l_mi3GJlPONEv0OSae0JHnFUWmpBLst3Z-YBD7c9V9g40b65Gahyphenhyphenc5H2Cn0_qQgz0dSF8/s320/1153010791_f.jpg" border="0" /></a><br />Sois a minha alma<br />Canto à tua Poesia<br />Nas margens de um rio sem peixes<br />Com cálices rubros<br />Rosáceas e perfumes<br />Olhos de gueixa<br /><br />Voais tão longe quanto meus passos<br />Marcando com suspiros o meu viver<br />Deleites e entressonhos. Nossos<br />Lindos dias e noites<br />Teu alvorecer<br /><br />Banhai-me uma vez mais!<br />Com tua seiva Amorosa<br />Arranca-me as plumas das asas<br />Enfie em meu peito a espada<br />Da tua Poesia de licores e respostas<br /><br />Embriaga-me com teu profano ser<br />Asas marcadas por unhas de Amor<br />Um Amor que não é meu<br />Mas é nos vossos olhos que estou<br />Construindo luzes no breu<br />Nostalgia que em mim deixou<br /><br />Nefelibatas, seguimos!<br />Manchando o Sol de vermelho-sangue<br />Bebo das tuas mãos de poeta-irmão<br />A vitalidade de uma vida por morrer<br />Amante de horas distantes<br />Ah, amado amigo<br />Em vós quero perecer<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />saudades, Eric, saudades...tayná.http://www.blogger.com/profile/06112468573051298479noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5464553781379941781.post-89231489648018202522007-04-28T14:35:00.000-07:002007-04-28T14:57:32.398-07:00s-i-n-a.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2P-1o6zfewePw6RIVLVRc27yOFabSomp5fgj8hP7XjJiIcbUh1bqTUs_VelJW4X97lrBSntFOz3HMj6HODwSB8Z2LqVxx3uPAnZOLdXrI_e-3iupD4_-_UsVe7ov9_D6hZ6mqsOoSNRE/s1600-h/Imagem+085.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5058601084728210498" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2P-1o6zfewePw6RIVLVRc27yOFabSomp5fgj8hP7XjJiIcbUh1bqTUs_VelJW4X97lrBSntFOz3HMj6HODwSB8Z2LqVxx3uPAnZOLdXrI_e-3iupD4_-_UsVe7ov9_D6hZ6mqsOoSNRE/s320/Imagem+085.jpg" border="0" /></a><br /><div>As ruas hoje me procuraram pra contar uma história que tentava ser diferente. Soltei o peito e cantei pro mundo tudo que eu tinha guardado. Ele sorriu, o mundo sorriu. Não um sorriso bonito, com grandes dentes brancos. Era mais um sorriso sarcástico, daqueles que eu Te imagino fazendo. Eu percebi, pelo canto dos olhos. Mergulho fundo no que se pode dizer simbolismo decadente de Pessanha. Um pedacinho de Tayná em cada esquina suja não é nada bom. Mas amanhã o lixeiro passa e me leva pra longe do caos citadino. Eu amortecerei o mastigar de um mendigo, embriagarei um faminto e adormecerei a língua de uma criança. Servirei, enfim. Não, vocês não entenderiam. Nem a lua compreende. Mais tarde irei comprar Caio numa lojinha dessas que não têm quase nada. Será bom. Lerei 'Dispersos' em voz alta, talvez Tu escutes. No mar lá de fora eu Te derramei. Ah, meu amor, me ajuda a sair daqui. Os olhos do vento só não parecem mais assustados que os meus. Quem ousasse olhar-me agora ficaria sem durmir por umas duas noites. Angústia. Amar não cura amargura nenhuma. Cortem minha língua para que eu não mais fale. Abro-me em silêncio. Arranquem meu coração de mim para que ele não mais bata aqui. Mas que o sirvam para Ti. Ah, mas que merda, Tu és vegetariana. Não adianta tanto desespero. Não adianta tanto grito. Anda na água! Cospe fogo! Vira circo. Lá podes ser cigana e eu palhaço. Posso ser o Pierrot, Tu a Colombina e ele o Arlequim. Ou então, eu podia só assistir. Poxa, se tu trabalhasses no circo, eu viraria elefante só pra te acompanhar. Ou um leão, pra te abocanhar. Eu seria tudo mesmo sendo o nada. Cheiros de passado. Cores gastas. Papel rasgado. E as letras ficam marcadas no meu rosto. As peles cairam no chão. Camaleão, camaleão. Mata tua sede em mim que eu assassino a minha vida nos teus braços. Aço. Aço. Vibra em mim.</div>tayná.http://www.blogger.com/profile/06112468573051298479noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5464553781379941781.post-46666014228976941952007-04-28T10:18:00.000-07:002007-04-28T14:33:53.125-07:00Poema à duas mãos.Ainda vou me apaixonar por essa doença que vem dos teus olhos<br />Pra dentro de mim e se torna amor por ser tão câncer<br />E me alimenta de dor e medo por passar tanta fome<br />Depois de ver tuas fotografias, entendi o significado de Deus<br />Ele deve existir em alguma parte desse teu corpo febril e puro<br />Puro demais para sentir essa dor que nunca escondes<br /><br />Ainda me perco em tua pele<br />Sem salvação ao derramar-me em teu corpo<br />Perfurando tua alma com flores<br />Caindo em pranto, pela ausência tua<br />No cálice do desejo nosso<br />Tão meu, que perco-me na loucura<br />De em teus braços, divina busca<br />Descansar a doença de minha poesia nua<br /><br />Quero me vestir com tuas pétalas, flores saem dos ovos<br />Quebram a casca e a deixam pra trás<br />Tua pele quer nascer, por mim ela poderia cobrir o universo e as minhas paredes<br />Dá tua carne branca para meus negros devaneios indecentes<br />Tu és o cálcio de meus ossos<br />O sândalo que mancha de perfume o meu machado azul<br />O charme de tua tristeza revela-me a criança em ti<br />A lucidez te equilibra, quero uma queda sem fim<br />E um sorriso caso tenhas algum pra me dar<br /><br />Então abra os braços!<br />Ouça o ruido das minhas asas<br />Nas ruas vazias de vida<br />No chão e nas vidraças<br />Estarei a observar-te<br />Colherás a minha vida derramada<br />No teu manto de virgem estuprada<br />Das viagens que nunca fiz<br />Posso subir até lá<br />Mirar as nuvens e te derramar até dormir<br />Ou gozar.<br />Ávidez planejada<br />Pedras marcadas<br />Uma ferida aberta<br />Subimos um pouco mais...<br /><br />É assim que eu te quero, forte e instantânea<br />Com sabor de nuvens e olhos de lua<br />É assim que eu te quero pra mim<br />Suave e jovem como as noites mais tristes que já vi<br />Eu tenho ciúmes da solidão<br />Que anda tão próxima de você<br />Enquanto eu estou tão distante<br />Costure seus lábios no meu desejo<br />Porque ele é teu<br />E será sempre que quiseres assim<br />Domesticá-lo<br /><br /><br />(...)<br /><br /><br /><br />Poema feito por Marcos Angeli [o gozo] e Eu [Tayná Borges]tayná.http://www.blogger.com/profile/06112468573051298479noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5464553781379941781.post-74728908348049713282007-04-27T18:04:00.000-07:002007-04-27T18:19:14.484-07:00Para a musa que quis amar.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgJsZShl8dMlBsw5uNDhxV-hynxFTUGdkhBXaxT7J9Anmnin7_deqqCoQVcUSYJv0wjSW4BxM8MjIQykM9URk0cWApaxTttoAt1-MkFCR1FUGFbFXIcaEJeqzoPgCcCnWDr0X6Xb67D3k/s1600-h/Imagem+076.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5058281955773215794" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgJsZShl8dMlBsw5uNDhxV-hynxFTUGdkhBXaxT7J9Anmnin7_deqqCoQVcUSYJv0wjSW4BxM8MjIQykM9URk0cWApaxTttoAt1-MkFCR1FUGFbFXIcaEJeqzoPgCcCnWDr0X6Xb67D3k/s200/Imagem+076.jpg" border="0" /></a><br /><div>Hoje resolvi que não vou escrever pra Ela. </div><br /><div></div><br /><div>Não reclamo das minhas feridas que doem tanto sem que tu saibas. Nem das coisas que eu deixei de te dizer. Meus olhos de criança assustada fazem minha mãe chorar. Não chora, mamãe, não chora. Ela, então, colhe minhas lágrimas e planta um jardim tão bonito no quintal sujo. Não quis fazer isso, não quis te preocupar. Como eu poderia saber que não seria do jeito que todos queriam? É, eu não sirvo pra amar outra pessoa. Tayná, tu só és capaz de sustentar a vida de Aline. Enfim, sou é? não sei. Mas, poxa, eu tentei. Tentei ser o fio de cabelo preso nas tuas coxas, te protegendo do frio que eu não conheço. Tentei socar a minha cara várias vezes por não estar conseguindo. E desperdicei. Gastei tudo que podias ter entregado às moças tão geladas quanto tu. Olha, hoje a Lua tá tão bonita. Bati uma foto dela, escondida entre meus seios. Não, hoje eu não derramei por querer, tiraram de mim. Hoje não foi um dia bom, não foi. Queria um dia não querer mais nada. O cheiro de vida me faz espirrar. Naquele espaço existe algo alto demais para que consigamos escalar. Longe, corre. Me faz cuspir tudo que suguei de ti, faz! Beijo os pés do teu amor e agradeço por não ter sido a mais rara. Ah, o vento hoje contou-me coisas que não ias acreditar. " eles não fazem isso porque querem.", "ela tem que fazer uma lavagem", "esconda os remédios dela"... eles achavam que por estar de olhos fechados, eu estava domindo. Não. Eu nem durmo mais. Alguém quebrou aquele copo e eu bebi os cacos. Conte até mil e de novo, de novo, de novo. Faça um pedido ao vento que eu retiro do tempo tudo o que causei. Não há cura, musa, não há. Mas tu nunca me amaste, não do jeito que pensas amar. Não. Eu provavelmente não amei também. Mas é experimentando que se conhece o sabor. Quantas vezes já te mataram? É bom viver pra morrer, não é? Eu acho. Ma eu ainda acho que gostei demais de ti. Meu pretérito. Meu pretério mais que perfeito.</div>tayná.http://www.blogger.com/profile/06112468573051298479noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5464553781379941781.post-53515648474090786592007-04-25T17:27:00.000-07:002007-04-25T18:21:28.204-07:00estranho acaso.Um dia eu te encontro. talvez daqui há 4,7, 10 anos, mas encontro. não sei como eu agiria. provavelmente, te observaria de longe. repararia em tudo aquilo que não pude até hoje. nas tuas manias, no jeito lindo que deves ter de amarrar os cabelos e no teu caminhar. ah, o teu caminhar! lento? rápido? não sei, mas reconhecerei na mesma hora. aguçarei os ouvidos para tentar alcançar a tua voz. deliciarei-me no teu sotaque que, com certeza, estará diferente do que eu conheci. os teus dentes imperfeitos e teu sorriso de musa doente. aquelas mãos tão delicadas, com unhas roidas ou não, acariciando qualquer parte alva do teu corpo. estarás sozinha ou acompanhada? fazendo nada ou esperando alguém? escrevendo ou cantando? fumando, definitivamente. percorrerei cada detalhe teu, beijando tua pele com os olhos e dando-te Amor com a brisa.<br /><br />Quando me aproximasse, seria discreta. provavelmente, pediria que alguém desse-te um bilhete com algo como "estranho acaso". ficaria quase escondida, mas não tanto. num lugar estratégico. onde eu pudesse olhar-te e que, se prestasses mais atenção, poderias ver-me. sei que ficarias curiosa, posto que és uma das criaturas mais curiosas que já conheci (apesar de ser capaz de guardar segredos como ninguém!). olharias para um lado, para o outro, balançando os cabelos de entropia e fazendo-os dançar ao som da vida. irás atrás de quem deu-te o bilhete mas, por sorte, esta pessoa estará aconcelhada a apenas dizer : " é uma moça e uma ponte de suspiros." Ficarás irritada, bem sei. Eu, então, poderia dizer que mandaria entregarem-te um vaso de orquídeas mas, bem, não sei se terei dinheiro ou uma floricultura por perto. Realmente espero que não estejas esperando ninguém, para que eu possa saborear aquele momento do jeito que esperei por toda minha vida.<br /><br />Penso, penso, penso e não sei como te abordaria. Abordar assim, de me mostrar mesmo. Sei que estaria trêmula e contendo-me ao máximo para não chorar. Vamos fingir, então, que estás mesmo sozinha, apenas ali à deriva. Eu chegaria tímida, dando passos lentos e curtos. Pararia na tua frente ou um pouco do lado e diria teu nome, com uma voz fraquejante. Levantarias os olhos e eu queria morrer agora para poder sequer imaginar a tua reação. Não esperaria que falasses, fingiria não estar tão abalada e perguntaria " não quer sair daqui e dar uma volta?". Se aceitasses, andaríamos. Caso estivesse quente, levaria-te para dentro de algum lugar refrigerado, visto que passas mal no calor (lembro de como me preocupava com essa porra de calor). Primeiramente, eu ficaria sem saber o que falar. Esperando que o decorrer dos segundos nos levasse à algo.<br /><br />O que nós conversaríamos? Seríamos capazes de nos olhar nos olhos e não chorar? Poderíamos nos despedir, depois disto? Enfim, acho que diria que ainda te amo, roubaria-te um beijo (mesmo que ganhasse um lindo tapa na cara depois) e sairia de lá, deixando-te na mesa.<br /><br /><br />Andaria até a rua, despiria-me toda e jogaria-me na frente de um carro. Ou, subiria as escadas do prédio mais alto nas proximidades e voaria, sem minhas asas. Que teria deixado alí, contigo, na mesa dessa cidade que não conhecemos ainda.<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><strong><em>"Aos caminhos eu entrego o nosso encontro" _C. F. Abreu_</em></strong>tayná.http://www.blogger.com/profile/06112468573051298479noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5464553781379941781.post-85455139722178844462007-04-24T17:09:00.000-07:002007-04-25T17:13:43.662-07:00wake up, number 37.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHVHRi5Jw7FDGcfcyggNKuYnsc9a89ZjyGhm27Yz9Qh9Yet5FCHBwgGg4Nl_gs7VMBE-7N73ABBMijFLu7ejpyrHkg9o6au-M5q5mq_7N6IiAdP3o3IppPb5pUJ4XjGDTSkYAxjAaHQRU/s1600-h/Imagem+063.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5057164903499002914" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHVHRi5Jw7FDGcfcyggNKuYnsc9a89ZjyGhm27Yz9Qh9Yet5FCHBwgGg4Nl_gs7VMBE-7N73ABBMijFLu7ejpyrHkg9o6au-M5q5mq_7N6IiAdP3o3IppPb5pUJ4XjGDTSkYAxjAaHQRU/s200/Imagem+063.jpg" border="0" /></a><br /><div>hoje eu vi os cacos, derramados bem na minha frente. olhei uma vez, depois outra. na mente a vontade já contaminada. juro que tentava tirar os olhos dali. abstrair-me no timbre que doía em meus ouvidos. you're making that face that i like and you're going in in for the kill kill, for the killer kiss kiss, for the kiss kiss. eu cantava e tirava os olhos de lá. mas alguma coisa puxava-me e quanto mais eu resistia, mais aqueles pedaços de vida transparente, faziam meus olhos brilharem. então, não resisti.</div><br /><div></div><br /><div>lentamente -pois sou mesmo a pessoa mais lenta deste mundo- puxei as pernas para perto de mim. puxei pelas calças, como se não conseguisse mexer as pernas. desamarrei o primeiro laço, o do pé esquerdo. fui folgando o tênis. mais e mais. após este movimento simples, já estava só de meia naquele pé. minha meia é branca com alguma coisa escrita em laranja. é daquelas meias pequenas, que vão até o tornozelo. repeti tudo no pé direito. laço, cadarço, meia. parei, por um instante, para observar meus pés assim, nus e cobertos ao mesmo tempo. achei até bonito, um bonito sonolento (meias sempre me trazem a imagem de cama - e sim, Tu estás lá). então, tirei-as. apareceram os dedos. tão alvos que o vermelho das unhas parecia estar em neon. mexi os dedos e senti cócegas que quase me fizeram sorrir. mas eu disse quase.</div><br /><div></div><br /><div>enfim, puxei a blusa para baixo. a minha blusa bege mais parece um disfarce de asas. apoiei as mãos no chão sujo, esmagando uma formiga. reparei, neste momento, que tinha escrito no dorso da mão esquerda 'uma desgraça, meu amor'. um dia, um dia tatuo esta frase. achei que aquelas palavras eram como uma trilha sonora. e ao pensar nisto, tirei os fones do ouvido. you think the world is ending right now. soou longe. fiz novamente força nas mãos enfadadas e levantei-me. olhei ao redor. a rua estava agitada, carros cantavam com suas vozes simétricas, telefones e seus pássaros polifônicos, pessoas e seu caminhar pobre.</div><br /><div></div><br /><div>já com os pés completamende despidos, andei para a rua. desci os degraus da pequena escada e sorri para mim mesma. o chão estava morno. aqui nunca é frio. fechei os olhos e pus-me a andar mais. foi aí que então que o senti. senti o primeiro pedaço de vidro. cheguei a pensar em recuar, mas não, não! a vontade de marcar o chão com pegadas vermelhas (amor) era maior. aí inspirei fundo e baixei o peso do corpo naquele exato ponto. entrou, entrou fundo, rompendo as camadas de pele. um pouco de mim já começava a molhar o chão. comecei a balançar o corpo. pra lá e pra cá. je t'aime, moi non plus. mãos na própria cintura. cabelos beijando o vento. e os pés, os pés não paravam. ah, eu doia gostoso. tudo do jeito que eu queria. as pessoas na rua chamando-me de louca e eu a dançar ali, com os vidros. um, dois, três. um litro de uma vez. o chão cobriu-se de um manto vermelho e eu começei a fraquejar. cambaleava, cambaleava mas não caia. até que tentei pular, ou fui puxada por algo. e, perdendo o equilíbrio, caí.</div><br /><div></div><br /><div>de boca no chão e achando que o sangue era gozo, comecei a rastejar. enquanto rastejava, feito uma míope sem seus óculos, vi, refletido num caco, o teu rosto. céus, eu comecei a escorrer mais ainda. não tinha forças para virar-me, não conseguia. e eu sentia que ia explodir. oh, mon amour. joguei meu resto de força para frente e os cabelos para trás. num esforço desumano, virei o pescoço. paralisei. era mesmo tu, lá, a olhar-me junto da multidão. riste e com dentes amarelos disseste 'eu não me queixo, eu não soube te amar'.</div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div>então, virou de costas e eu só pude observar o branco da tua blusa confundir-se com os faróis acesos.<br /><div></div>tayná.http://www.blogger.com/profile/06112468573051298479noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5464553781379941781.post-50038680409287529402007-04-23T12:10:00.000-07:002007-04-23T18:22:33.546-07:00love you forever, but you're driving me insane.<a href="http://1.bp.blogspot.com/_4WVA0JfxqZA/Ri1Z8mZXm-I/AAAAAAAAADw/WRmpOAx5u68/s1600-h/Imagem+075.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5056796854240910306" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_4WVA0JfxqZA/Ri1Z8mZXm-I/AAAAAAAAADw/WRmpOAx5u68/s320/Imagem+075.jpg" border="0" /></a><br /><div>o mofo das esquinas. lá está o teu sorriso e os beijos outrora meus. correm por lá, também, as pernas que dexei de olhar, por estar abstraída nos teus traços coloridos num papel fino demais. ouço tudo aquilo que eu disse. te descubro como uma narcisista bipolar e depressiva. era tão melhor assim. e tu, querido, podes ter o sorriso e o sexo mas eu, bem, eu tive a dor, a fragilidade, os medos, as lágrimas. eu tive a vida e tu só tens uma máscara. não me queixo deste um ano e um mês. meu deus, me orgulho. esse tipo de orgulho que desce pela garganta e molha o chão. é tão claro. dias assim eu nunca vou perder, eles só acontecem uma vez no ano. durante horas de sufoco pagão, eu olho minhas mãos fracas e choro de medo. a poesia dói, dói muito. não quero mais jogar-me no rio de navalhas. não quero teu sorriso nem nada. quero o ventre meu e alguns cigarros. nascer pra vida, enquanto morro pro amor. viro páginas. sopro abraços. mas nada chega. nunca será o bastante. não é? será que lembras? não sei. não sei. provavelmente não. mas é na cama que mais te sinto. ah, meu amor, a felicidade te estraga.</div>tayná.http://www.blogger.com/profile/06112468573051298479noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5464553781379941781.post-18824285798723178562007-04-22T10:49:00.000-07:002007-04-22T11:10:51.372-07:00lá! viu?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2Dr-aUVgIEJhufgKDJmvSShWPat-osgRZCpN1x_5GVVYNbGNKe1Ka0mOqr8dVwCmGrD6OcAPm3apadVT_S2_2fuWFvUwQOpo0sRDbttWLBUyIwVowSGSFXCIvEDjOSJn8Vb8FpVGkSqs/s1600-h/Imagem+067.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5056315912393038802" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2Dr-aUVgIEJhufgKDJmvSShWPat-osgRZCpN1x_5GVVYNbGNKe1Ka0mOqr8dVwCmGrD6OcAPm3apadVT_S2_2fuWFvUwQOpo0sRDbttWLBUyIwVowSGSFXCIvEDjOSJn8Vb8FpVGkSqs/s320/Imagem+067.jpg" border="0" /></a><br /><div>naquela manhãzinha feia, eu vi nuvens em forma de dragão. eles incendiaram todas as minhas fotos, só ficou esse mural aí. com um pouquinho de tudo que me constrói. eu sei que faz pouco tempo que esse dia aconteceu. voam livres, os meus versos brancos. acordes perdem-se nos meus caminhos. chora, mocinha, chora. amor é pra isso mesmo. </div><br /><div></div><br /><div>nunca sabemos o que dizer nas horas em que devíamos dar um discurso. perdi quase todas as minhas roupas e vago pela casa ouvindo adriana até me sentir estuprada pela voz tão tristemente doce que ela tem. meudeus, como alguém pode ser capaz de quebrar o coração da adriana calcanhoto? tem gente pra tudo nesse mundo. mesmo.</div><br /><div></div><br /><div>tem até gente que me ama, sabia? é, juro. e olha! tem mais! tem gente que te ama, apesar de tudo. não é um absurdo? merda, esse é mesmo o mundo. mesmo-mundo-mesmo-mundo-mesmo-mundo. e não, sem tua presença esse mesmo-mundo nunca será o mesmo.</div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div>e olha, acho tão bonito:</div><br /><div></div><br /><div><em><span style="color:#ff0000;">ando esquecendo-te de manhã em manhã</span></em></div><br /><div><em><span style="color:#ff0000;">tomando guaraná e ouvindo a Elis</span></em></div>tayná.http://www.blogger.com/profile/06112468573051298479noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5464553781379941781.post-20169344525529483532007-04-21T10:25:00.000-07:002007-04-21T10:27:46.395-07:00tayná, a velha safada.<span style="font-size:130%;color:#000000;">sobe e desce</span><br /><span style="font-size:130%;color:#000000;">vê se desaparece.</span><br /><span style="font-size:130%;color:#000000;">na minha esquina tem sempre um caco</span><br /><span style="font-size:130%;color:#000000;">de vidro, o teu sapato.</span><br /><span style="font-size:130%;color:#000000;">a poesia marginal só corre</span><br /><span style="font-size:130%;color:#000000;">quanto mais te vejo</span><br /><span style="font-size:130%;color:#000000;">mais escorre</span><br /><span style="font-size:130%;color:#000000;">não quero mais ações eruditas</span><br /><span style="font-size:130%;color:#000000;">vadia</span><br /><span style="font-size:130%;color:#000000;">vadia </span><br /><span style="font-size:130%;color:#000000;">vadia.</span>tayná.http://www.blogger.com/profile/06112468573051298479noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5464553781379941781.post-22982782648049465212007-04-21T10:09:00.000-07:002007-04-21T10:29:31.951-07:00odeio você.<embed src="http://www.youtube.com/v/KzKQP2Kukp8" width="425" height="350" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent"></embed><br /><br /><br /><span style="font-size:180%;color:#ff9900;">era o fim, é o fim, mas o fim é demais também.</span>tayná.http://www.blogger.com/profile/06112468573051298479noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5464553781379941781.post-80345876883580093782007-04-20T15:06:00.000-07:002007-04-20T15:34:29.046-07:00enfim.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7HvVXBr9uEpuQorav0HNHQ7tkVic-lmkgLYTuf8i2cWJmHN8cDIzJxdMevPm0hPVUXfa6sUj0BvTP9DxfA8lM-vq6YQbxvLqcrePHcIMgEckAzNYQrRom9MRMslxO839Sg9EGT6M2BfM/s1600-h/1150391736_f.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7HvVXBr9uEpuQorav0HNHQ7tkVic-lmkgLYTuf8i2cWJmHN8cDIzJxdMevPm0hPVUXfa6sUj0BvTP9DxfA8lM-vq6YQbxvLqcrePHcIMgEckAzNYQrRom9MRMslxO839Sg9EGT6M2BfM/s200/1150391736_f.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5055642354146843586" /></a><br />sobraram as migalhas. eu corri, corri e corri, tentando beijar o ar com os cabelos soltos. ouvi um murmúrio tão barulhento quanto os meus pensamentos em brasa. continua, continua. não pára. e as minhas palavras cuspidas fluem como flores mortas, arrancadas das raizes. se eu pudesse, não pediria. drenaria o sangue para fora de mim e alimentaria tua fome de vampiro.<br /><br />calçadas descalçadas. meus pés nus dançam sobre as bolhas róseas da minha pele. aperto os espinhos do cacto e nada, nada. as línguas queimam no chão derretido e eu grito e grito esperando ecoar a tua voz. lembra daqueles livros que me indicaste? ah, pequena, lê esse, é tão bom, me inspirou tanto. e eu, feito um cachorrinho adestrado, ia correndo -sim, correndo- pra livraria mais próxima comprar o maledeto. e sabe, nem sempre eu gostava. mas lia, lia até o fim. beijando o teu jeito amargo de dizer 'cretina'.<br /><br />e a sina? a sina? acabou assim, do nada? não me convences. continua a foder com a tua vida, como sempre. e isso é tão bonito. tu és tão linda em toda essa tua feiura descabelada e com sorriso esvaziado. e o estômago? o strogonoff de soja? as berinjelas? o chocolate? oh sim! agora é só cerveja. i see. mas, meu deus, e o lítio? acabou? que bom, que bom. ou não.<br /><br />pergunto, pergunto sim. só porque sei que tu provavelmente nunca vais ler e sequer dar-se-á o trabalho de responder. e como uma menina resmungona, eu diria ' não queria mesmo.' ah, btw, escrevendo pra ti, fodo com a minha vida. mas me dá poesia, sabe? "todo poeta só é bom se for triste". é tão verdade que lembra dele. dele que tem um Ela que dói tão lindamente nele quanto em mim. <br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />ah, hunny bunny, deixa disso e vai foder com aquele homem-músculo, vai.<br />mas ó, a delicadeza, é comigo.tayná.http://www.blogger.com/profile/06112468573051298479noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5464553781379941781.post-62155180879931020182007-04-19T18:26:00.000-07:002007-04-19T18:42:15.899-07:00ah, meu, foda-se.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdZgZ9vKXEMu6HnHOfPJc7h6ndESVwexWx9m_zB9Iyc84rgFIg5SNMMX8ZsIr6O9nK7nkXmbLXZSjShX0XfTDEvYVDYu4X6mr3IhstM6yY56GNbCfOYIS2AuqVkmM7RfYUp0VUEpNNyrI/s1600-h/1152032573_f.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdZgZ9vKXEMu6HnHOfPJc7h6ndESVwexWx9m_zB9Iyc84rgFIg5SNMMX8ZsIr6O9nK7nkXmbLXZSjShX0XfTDEvYVDYu4X6mr3IhstM6yY56GNbCfOYIS2AuqVkmM7RfYUp0VUEpNNyrI/s200/1152032573_f.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5055317886547499954" /></a><br />eu podia gritar todos os palavrões do mundo. vadia, escrota, filha da puta, boceta, putinha. nunca seriam o suficiente. nunca expressariam esse amor/ódio que só ele e eu podemos sentir. e eu cansei das palavras bonitas, pelo menos por hoje. quero não dormir e acordar cortando as gengivas.<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />enfim, é tudo feminino. feminino.tayná.http://www.blogger.com/profile/06112468573051298479noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-5464553781379941781.post-50306378848246789702007-04-18T14:00:00.000-07:002007-04-18T14:28:40.451-07:00o anel que tu me deste era de vidro e se quebrou.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjby6xzhHUha4QZo5_vAwoWCH5ETz8wFC85dpD9nSnLifGrE5DHO2CitXGDhaIDQ_5vjMaMhCnNZdHhL6Vm8WLidtF7tovtmTZDaIwsDhLR_FR8xnq9wap7AmPJhSGyjp0lC65kqHIy-CQ/s1600-h/Imagem+053.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjby6xzhHUha4QZo5_vAwoWCH5ETz8wFC85dpD9nSnLifGrE5DHO2CitXGDhaIDQ_5vjMaMhCnNZdHhL6Vm8WLidtF7tovtmTZDaIwsDhLR_FR8xnq9wap7AmPJhSGyjp0lC65kqHIy-CQ/s320/Imagem+053.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5054882043884996850" /></a><br />Veloz e ácida, uma frase em mim permanece. corroendo e vomitando tudo por dentro. sou um mar de lixo, onde bóiam os ratos que procuram um pedaço de fungo. estás por toda a parte. marcando em grandes cartazes brancos, manchados de vermelho, as letras do teu nome. eu destruo a cidade-mulher na minha frente. não tenho culpa. nunca há culpa. ah. há?<br /> Conjunto de palavras que trazem milhões de papéis picados. papéis cheios de tudo aquilo que deixei escapar pelos dedos. dedos melados,não de gozo, mas de saudade. porções mínimas de contentamento. Enquanto não me ouves, posso gritar. Naqueles sonhos-pesadelos há um quadrado preto. Qual era mesmo tua cor preferida? Bem, preto é mesmo todas elas. Assim como eu sou todo o amor de todos os homens e mulheres que te amaram. Sou também tudo aquilo que tu esqueceste de amar.<br /> No teu deserto há tanto, mas tanto mar! O problema é que tua sede é por água potável. O muro? Eu destrui. Como Berlim, sabe? Levei meses-séculos para levantar aquele conjunto de tijolos e sangue para depois lamber tudo até o último grão. Pra te ver salvar, meu amor. Mas não adianta. Continuas assim, perdida no teu quarto de cortinas rasgadas.<br /> Eu seria o verme da tua garrafa tanto quanto o brilhante da aliança. E o anel que eu te dei, em que dedo foi parar? Não há mais caminho nem casa. Só pedra. Só pedra. E não é daquelas que vende-se em lojas de materiais de construção e que viram algo altamente inflamável quando em contato com a água, não. Senão eu já teria explodido. Sopa de pedras. Tem aquela história e o meu jantar. Cai, arranha, leva.<br /><br /><br /><br /><br />não esqueço você.tayná.http://www.blogger.com/profile/06112468573051298479noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5464553781379941781.post-19384535742504811572007-04-16T16:21:00.000-07:002007-04-16T16:22:47.107-07:00semi-plágio- Passou um furacão por aqui.<br />- Foi? Nem percebi.<br />- Levou minha casa e livros.<br />- Ah, desculpe.<br />- Não há culpa.<br />- Me senti mal.<br />- É que não dá pra viver...<br />- Sem.<br />- Você.<br />- O que?<br />- Nada, me dá um trago?<br /><br />(..)tayná.http://www.blogger.com/profile/06112468573051298479noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5464553781379941781.post-3700493775575684872007-04-15T15:44:00.000-07:002007-04-15T16:44:59.583-07:00cais de caos.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKsNfKDqwL0sOqzimuHSIVZUCQ0zrsF3Q5Uw-5ggXg7ee5ZrP78JsiffqR_8kQ1AM2MTG2c9B2K91ep279l-rQDP3ZS9ZNRQ72ohMCMW7skryYM8cnPHdpc4ZU6k8zsi8CzAycGCuFsoM/s1600-h/Imagem+025.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKsNfKDqwL0sOqzimuHSIVZUCQ0zrsF3Q5Uw-5ggXg7ee5ZrP78JsiffqR_8kQ1AM2MTG2c9B2K91ep279l-rQDP3ZS9ZNRQ72ohMCMW7skryYM8cnPHdpc4ZU6k8zsi8CzAycGCuFsoM/s200/Imagem+025.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5053804821165632530" /></a><br /><br /><div>na tua língua, que é tão parecida com a minha, caminhará as diferenças culturais. somos duas almas em um só tom. as ruas que não são minhas mostram tudo aquilo que já li, que já senti o cheiro só por palavras tuas. ouço o grave balançar do vento e o agudo cantar dos pássaros. na desenvoltura da nossa ginga poética. as letras correrão por entre nossos passos, embriagados de um licor tão raro quanto o sono. não desperdiçaremos uma noite sequer com os sonhos, estaremos ocupadas vivendo-os. contemplando o olhar triste da lua para as estrelas. suspirando o amor gélido do rio para com o céu. a dança maluca da lua na água e nossos corações, bailando ao som de Piaf.<br /><br />ouves a minha loucura caindo no teu chão de mármore gelado? o jazz que vibra do outro lado da cidade é em teu nome. desfaço meus laços e entrego na tua porta tudo aquilo que perdi um dia. cava mais, cava mais. ah, tayná. há tayná. a tayná. não vive sem você, essa lua. nem brilham tanto, as estrelas solitárias. planetas atrevem-se a aparecer, mas aliens levam-os de volta para o seu sacro breu.<br /><br />não ouse achar que um chá de sumisso é o melhor para nossa gripe. enjôo normal de quem muito se entregou. mate as vontades e escale esse poço de trás pra frente. a linha torta da vida minha, destigüe aquilo que ainda há-de viver-se. o suor preso nas veias, dançará no chão estrangeiro. sinta os ventos do amanhã, que o hoje não presta.</div>tayná.http://www.blogger.com/profile/06112468573051298479noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5464553781379941781.post-68078961264995298282007-04-15T08:21:00.000-07:002007-04-15T08:38:25.758-07:00foge.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgc8YJjKI_MYEvCpIITsyNZ9BLkX5FpKFL992yi27LXE6ZMwX5pggnEfQ4jcq7_ZONZ87TAaX-iwWSv1wRwl7XlP8ZZSw2Xke9tLTs57ShGQ2rkoUploouAYyLQaPiTsGnKWPqz4qTS7Xo/s1600-h/Imagem+029.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5053678557717064674" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgc8YJjKI_MYEvCpIITsyNZ9BLkX5FpKFL992yi27LXE6ZMwX5pggnEfQ4jcq7_ZONZ87TAaX-iwWSv1wRwl7XlP8ZZSw2Xke9tLTs57ShGQ2rkoUploouAYyLQaPiTsGnKWPqz4qTS7Xo/s200/Imagem+029.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div><span style="color:#663333;">não despenteies meus cabelos</span></div><br /><div><span style="color:#663333;">não desse jeito infantil</span></div><br /><div><span style="color:#663333;">tu, que me arrancaste os pelos</span></div><br /><div><span style="color:#663333;">morre hoje, nua e vil.</span></div><br /><div><span style="color:#663333;"></span></div><br /><div><span style="color:#663333;">contra as páginas que só passam,</span></div><br /><div><span style="color:#663333;">eu escrevi o teu nome</span></div><br /><div><span style="color:#663333;">rasguei as linhas, uma por uma</span></div><br /><div><span style="color:#663333;">fiz do meu sexo o teu homem.</span></div><br /><div><span style="color:#663333;"></span></div><br /><div><span style="color:#663333;">deixaste nas ruas uma pegada</span></div><br /><div><span style="color:#663333;">daquelas que nunca vi</span></div><br /><div><span style="color:#663333;">meus pés não cabiam nela</span></div><br /><div><span style="color:#663333;">meus pés só andam pra ti</span></div><br /><div><span style="color:#663333;"></span></div><br /><div><span style="color:#663333;">corre pra além de mim</span></div><br /><div><span style="color:#663333;">oh nefasta e indolente!</span></div><br /><div><span style="color:#663333;">quero-me livre do teu desespero</span></div><br /><div><span style="color:#663333;">não sou mais sol, só poente.</span></div><br /><div><span style="color:#663333;"></span></div><br /><div><span style="color:#663333;">com pedaços de poeta quebrado</span></div><br /><div><span style="color:#663333;">construo o mosaico da minha parede</span></div><br /><div><span style="color:#663333;">cato o teu lixo e beijo os teus calos</span></div><br /><div><span style="color:#663333;">ah, tu...</span></div><br /><div><span style="color:#663333;"></span></div><br /><div><span style="color:#663333;"></span></div><br /><div><span style="color:#663333;">meu destino é mesmo este.</span></div>tayná.http://www.blogger.com/profile/06112468573051298479noreply@blogger.com0